loader image

fertilizantes

Bom apetite!

No fim do século 18, Thomas Malthus (1766-1834), economista e intelectual britânico com um largo conhecimento em demografia, lançou a seguinte teoria: enquanto o crescimento da população acontece em Progressão Geométrica (2, 4, 8, 16, 32…), a produção mundial de alimentos ocorre em Progressão Aritmética (2, 4, 6, 8, 10…). Ou seja, para ele, sendo bastante direto, iríamos todos morrer de fome!

Bem, o pânico, como se pode imaginar, foi grande. No entanto, Malthus não tinha conhecimento de que, algumas décadas depois da publicação de sua teoria, o mundo passaria por muitos processos de mecanização da agricultura, o que aumentaria consideravelmente a produção agrícola. A Revolução Tecnológica, que aconteceu algum tempo depois, sepultaria quase totalmente a teoria.

Dentro dessa revolução, além de toda a questão de automação das lavouras, que só vem crescendo e melhorando com o passar do tempo, ocorreu também o advento dos fertilizantes químicos – sim, pois os fertilizantes orgânicos, como cinza e esterco, já eram conhecidos e utilizados, presume-se, desde o período neolítico (8 mil a.C.).

O conceito moderno de fertilidade do solo foi iniciado pelo químico alemão Justus Von Liebig (1803-1873), em 1840, quando ele se preocupou em pesquisar de quais nutrientes as plantas precisavam, onde poderiam obtê-los e quais práticas agrícolas poderiam fornecê-los. A partir de então, os processos de desenvolvimento e produção de fertilizantes iniciaram a fim de melhorar a oferta de nutrientes às plantas.

Um bom exemplo de fertilizante inorgânico, desenvolvido pela indústria química, é o sulfato de amônio, utilizado para adubação nitrogenada das culturas de algodão, milho, café, cana-de-açúcar e hortaliças.

Trata-se de uma fonte estável de nitrogênio, responsável pelo desenvolvimento vegetativo, e de enxofre, indispensável à fotossíntese. Entre as suas características, destacam-se uma menor perda por volatilização, o melhor aproveitamento pelas plantas (absorção) e o efeito sinérgico entre nitrogênio e enxofre.

Graças, mais uma vez, à química e aos químicos, que, em algum lugar do passado, pararam para estudar e desvendar os mistérios por trás do funcionamento da natureza, hoje temos uma produção de alimentos muito maior do que a população mundial, ainda que, por serem mal distribuídos, infelizmente, muita gente ainda não tenha acesso a eles. Mas, aí, já é uma questão que extrapola a química e, aqui, estamos para entender as tantas maneiras que ela ajudou e continua ajudando o mundo e a humanidade a viver mais e melhor!